Conheça o projeto Aviva que atende crianças com deficiência e inspire-se com quem faz do cuidado com o próximo, um estilo de vida.
Pode ser da Dilma, do BBB ou do post da blogueira celebrity. O que não falta hoje em dia é opinião. Todo mundo tem opinião pra tudo – inclusive eu – e não pensa duas vezes antes de compartilhar no Facebook ou na rede social de sua preferência. O que esqueceram de contar pra esse povo é que só uma opinião, não costuma mudar muita coisa. Ações e exemplos, sim, fazem toda a diferença em qualquer contexto social e é sobre isso que venho compartilhar com vocês, neste post.
Há tempos, venho observando as ações promovidas pelo projeto Aviva, que atende, atualmente 20 crianças entre 5 e 14 anos com qualquer tipo de deficiência. Todos os sábados, mais de 80 voluntários se reúnem em um colégio da cidade e desenvolvem atividades lúdico desportivas adaptadas às necessidades dessa molecada. Após algumas semanas de recesso, os encontros estão de volta e eu conversei com a idealizadora do projeto Ana Paula Carvalho, que me trouxe bastante inspiração. Espero que o sentimento seja transmitido a vocês também. Com vocês, o projeto Aviva – Eugenio Sánchez Redondo!
Foi em um intercâmbio na cidade de Salamanca, Espanha, que Ana Paula teve a oportunidade de cursar uma disciplina de Fisioterapia e esporte adaptado, na qual os alunos eram incentivados a realizar trabalho voluntário em uma associação de ócio e lazer para deficientes. Encantada com a possibilidade de diminuir o abismo entre a compreensão da sociedade e as necessidades especiais dessas pessoas, Ana Paula desenvolveu um projeto junto com uma amiga e tratou de colocá-lo em prática, o que não foi nada fácil. Somente um ano e meio depois (Oi, burocracia!), em julho de 2011, a primeira atividade do projeto foi realizada.
Além de proporcionar lazer, convivência, aprendizagem e ócio às crianças e familiares, a iniciativa abre espaço para a discussão das necessidades especiais de cada portador. “É uma rica experiência de conviver e aprender com cada um deles”, destaca a fisioterapeuta.
Ela comenta também sobre a negligência pelo poder público e pela própria sociedade, que não sabe como adequar a realidade às pessoas com algum tipo de necessidade especial. “Muitas vezes, a sociedade que é deficiente por não ser capaz de prover e estimular meios de integração e participação social de mais de 14% da população”. Mas é otimista e acredita que cada vez mais há gente engajada e disposta a lutar por espaço e reconhecimento.
Por que ser um voluntário?
“Quem realmente pode fazer a diferença somos nós, sociedade civil. ‘Nenhum homem é uma ilha’ e só somos capazes de nos tornarmos pessoas melhores quando convivemos com outras pessoas nessa eterna troca de “favores”, pois o trabalho voluntário nunca é uma via de mão única. Esta é uma oportunidade ímpar de refletirmos a respeito de nós mesmos, do que queremos ser, do que queremos deixar, de como queremos ser lembrados… E, se não podemos mudar o mundo todo, podemos ao menos, mudar o ‘nosso mundo’”.
Falta de tempo não existe
E Ana Paula é exemplo disso. Além do trabalho como fisioterapeuta, ela dá aulas de espanhol durante o dia e faz faculdade de Letras à noite. Tem também seu tempo pra natação e yoga, além do projeto, claro.
Voluntariado na bagagem
Desde o colégio, na faculdade e em intercâmbios, Ana Paula se dedicava a trabalhos voluntários. Já esteve em contato com a Cruz Vermelha espanhola, com membros da Intermón Oxfam e fez um intercâmbio social em Panchgani, Índia.
A fisioterapeuta contou também que o projeto, que antes era uma questão de responsabilidade social e de sensibilização passou a ser vital pra ela. “É um espaço único onde encontro a beleza no simples, o prazer no trivial e o amor em todos! É um momento de reforçar as esperanças! Só quem se permitiu uma experiência dessas pode entender do que estou falando…Por isso, deixo aqui meu convite a todos e um desejo que reforço sempre, principalmente para mim mesma: NUNCA PERCA SUA CAPACIDADE DE SE MARAVILHAR COM AS COISAS!
Quer ajudar?
A ajuda de todos é muito bem vinda, tanto na divulgação – para que o projeto possa crescer e atender a mais crianças – quanto na participação direta. “Para participar, basta boa vontade! Não existe obrigatoriedade de frequência e a ajuda pode ser dada desde casa, enviando lanches, por exemplo, para nossos momentos de partilha”.
https://www.facebook.com/ProjetoAviva?fref=ts
Eu participo do Projeto e digo: O Aviva mudou minha vida.
Antes me sentia vazio, mas agora sou mais feliz…
Avivaaaa